sábado, 28 de abril de 2012

NA NOITE ESCURA E FRIA

Quando vem a noite e a escuridão toma conta da nossa alma, os nossos olhos não conseguem ver o caminho a seguir e nossas pernas ficam trêmulas temendo o passo que está à frente, são os nossos ouvidos que se tornam uma ferramenta poderosa para nos ajudar, pois eles se tornam mais sensíveis. Jó, foi um grande homem em Deus, passou pela experiência de ver a noite escura e fria inundando à sua alma, passou pela dor da perda, da solidão, da calúnia, sentiu a morte muito perto. Já não conseguia mais ver nenhuma perspectiva, nenhuma luz no fim do túnel, mas sua alma foi iluminada pela voz de Deus. No silêncio frio da noite, começou a ouvir a Deus mais claramente e conheceu o Senhor, não pelo ouvir falar, mas de com Ele andar. Foi na escuridão que seus ouvidos se tornaram mais sensíveis à voz do Criador e, o ouvir a Deus mudou a sua sorte. A Bíblia fala também de um homem que era chamado de Bartimeu, cego e mendigo, quando ouviu a Deus correu ao seu encontro e seus olhos foram abertos. E, abertos de tal maneira que sua primeira grande decisão foi seguir ao Senhor Jesus. No salmo 23.4 o salmista revela que mesmo que ele ande no vale da sombra da morte não há a necessidade de ficar com medo, porque o Senhor está presente. Pode estar escuro e frio, mas a voz do Senhor trará esperança e mostrará o caminho vitorioso. Talvez você esteja enfrentando um período de escuridão, não perca a esperança, observe que seus ouvidos estão mais sensíveis para ouvir o pastor (João 10.4). Pastor Mauricio Baniski

sexta-feira, 20 de abril de 2012

AME A DEUS... FAÇA O QUE QUISER

Eu gosto muito da forma que um homem de Deus sugeriu de como nós cristãos, alcançados pela graça de Deus, deveríamos viver: “Amando a Deus de todo o coração... e então fazendo aquilo que mais nos agradar”. Em vez de atender uma série de normas e regras pré-estabelecidas, de decorar e seguir um livro de doutrinas e disciplinas impostas pela interpretação e mentalidade de alguém vivendo numa eterna adolescência espiritual, a sugestão é de que caminhemos com o Senhor Jesus, amando-o de todo o coração, guardando no coração a sua Palavra e buscando sempre um relacionamento saudável e verdadeiro. Desta maneira experimentamos a graça e alcançamos a maturidade. O Apóstolo Paulo, escrevendo aos Gálatas (5.1), a carta magna da graça, implora àquela Comunidade para que os irmãos se atenham à liberdade que em Cristo receberam e não se submetam mais a um julgo de escravidão. Se por um lado o pecado nos escraviza, por outro a religiosidade também nos empurra às prisões e, da mesma maneira nos remete à não-vida. Jesus nos chamou à liberdade e, conhecer a verdade é ser liberto a cada dia, do pecado e da lei (João 8.32). Fomos justificados em Cristo (Rom. 5.1). A Igreja de Cristo não precisa de ditadura, ela precisa amar a Deus de todo o coração. A igreja de Cristo não precisa de vigia e espiões, ela precisa entender a maravilhosa graça. A Igreja de Cristo não precisa de uma pregação de medo e de merecimento, ela precisa compreender o amor de Deus e a salvação em Cristo. Saber que o que nos é de graça, custou a vida do nosso Rei. Santidade só é santidade se nascer do amor.

sábado, 14 de abril de 2012

GOTAS DA GRAÇA

Pra entender a graça é necessário que voltemos a um velho termo hebraico que significa "curvar, dobrar-se". É sim favor imerecido e, mais profundo que isso, significa a realeza se dobrando, caindo aos pés do plebeu. Isso é graça. Não há nada no plebeu que o torne digno de ser notado, tocado ou abençoado pela realeza. No entanto, por causa da graça no coração da realeza, existe naquele momento a vontade de curvar-se, prostrar-se, tocar e até abençoar aquele plebeu (Fil.2.5-11). Foi isso que Cristo fez por mim e por você. Sendo Deus e Senhor eterno, o criador de todas as coisas (João 1.1-2), pelo tanto que nos amou, esvaziou-se de sua glória, se fez humanidade (o Criador se fez criação) e veio habitar em nosso meio, sendo obediente até a morte, e morte de cruz. Se submeteu a todas as coisas a que está submetida a criação por causa do pecado e a todas suas conseqüências e, sem pecado, se fez pecado por todos nós. Sendo limpo e santo, fez-se imundo e impuro, a fim de pagar o preço que nos devolve a paz com Deus e a vida eterna. Jesus curvou-se, dobrou-se diante de nós, morreu a nossa morte para que pudéssemos viver a sua vida. Esta graça de Deus não é uma ação divina que se encerra em nós. Ela contagia e nos torna graciosos. De alvo da graça passamos a flechas lançadas pelo Espírito Santo aonde a vontade de Deus nos conduz, nos fazendo curvar, dobrar-se para que a vida prevaleça sobre a morte e o amor de Jesus, que é a graça de Deus revelada, se manifeste a toda a criação. Este ensino fica claro quando Jesus pega uma bacia e toalha e começa a lavar os pés de seus discípulos. Abraço Pastor Mauricio Baniski

sexta-feira, 13 de abril de 2012

A VAQUINHA

Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita... Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos. Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas... então se aproximou do senhor aparentemente o pai daquela família e perguntou: Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho; como o senhor e a sua família sobrevivem aqui? E o senhor calmamente respondeu: "Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outro gêneros de alimentos e a outra parte nós produzimos queijo, coalhada, etc.... para o nosso consumo e assim vamos sobrevivendo." O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou: "Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá embaixo." O jovem arregalou os olhos espantado e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem. Assim empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo aquela família, pedir perdão e ajudá-los. Assim fez, e quando se aproximava do local avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver, "apertou" o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos e o caseiro respondeu: "Continuam morando aqui." Espantado ele entrou correndo na casa; e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha): "Como o senhor melhorou este sítio e está muito bem de vida???" E o senhor entusiasmado, respondeu: "Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu, daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora..." Moral da história: Todos temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma convivência com a rotina. Descubra qual é a sua. Aproveite esse novo ano e a proximidade do final do milênio para empurrar sua "vaquinha" morro abaixo.