quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Fabricantes de Máscaras


“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” Salmo 139.23,24

Desde pequenos aprendemos a julgar a vida, uns dos outros, por valores externos, contábeis e visíveis. Quase sempre, somos vistos e avaliados pelos títulos, realizações e influências plásticas que apresentamos. Pouco ou nada conhecemos, ou somos conhecidos, do que verdadeiramente somos.

Chegamos à incrível atitude de formar um personagem para cada ambiente que freqüentamos. Se vamos ao trabalho temos uma maneira de nos portar. Se em casa, temos outra. Estando na igreja temos ali também uma maneira própria de “ser”, bem diferente de quando estamos com os amigos. Assim vai. É como se, para cada local que freqüentamos existisse um “eu” apropriado.

Na verdade, fabricamos máscaras pra fugir de ser o que de verdade somos.. Usamos máscaras para não revelar o que desgostamos em nós, escondermos nossas fragilidades e sensibilidades. Fugir da realidade e mostrar o que ali gostaríamos de ser. Num primeiro momento, as máscaras servem para mostrar aos de longe uma imagem que julgamos ser ideal. Com o tempo nossas máscaras, mais elaboradas, passam a ser também para os de perto, pessoas com quem temos afinidade e intimidade. Por último, e ainda mais triste, construímos máscaras que enganam a nós mesmos. Como diz o Pastor Ronaldo Lidório: “a estas chamo de máscaras do auto-engano”.

As máscaras que utilizamos nos impedem de melhorar como ser humano. Quando ao sinal de uma fragilidade ou perigo colocamos uma máscara, nós na verdade estamos impedindo nosso desenvolvimento pessoal. É um paliativo que nos custa muito caro. É um ato pecaminoso que nos impede ver a luz de Deus brilhar em nosso próprio ser, até que sejamos dia perfeito. É trocar o “ser” pelo “parecer”. No texto Bíblico acima, o salmista, clama a Deus que sonde o seu coração, que olhe se há algum caminho mau e que o guie pelo caminho eterno. O salmista clama a Deus que retire de sua vida as máscaras que estava escondendo no coração. No salmo 51.10, ele diz ao Senhor: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável”.

Creio que o melhor remédio que podemos aplicar em nossa vida é o de sermos originais em todo o tempo. Em vez fabricarmos máscaras, que apenas escondem nosso ser, procurarmos o nosso desenvolvimento pessoal. Colocarmos a vida no altar de Deus, obedecendo a sua Palavra e fazendo as mudanças necessárias, de dentro para fora.

Pastor Mauricio Baniski

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