quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Ele age na simplicidade...


Cinco pedras, uma funda e um menino cheirando coco de ovelhas foi o que Deus escolheu para derrubar o gigante Golias; uma vara, que Moisés chamava de cajado foi a resposta de Deus ao seu servo que disse não ter nada para conduzir o povo. Cinco pães dormido e dois peixes pequenos na lancheira de um adolescente foi o que Jesus precisou para alimentar a multidão. Uma família simples, uma cidade simples, um lugar simples para nascer. Para o seu ministério escolheu pessoas simples, viveu uma vida simples e no meio de gente simples. Nunca se impressionou com as riquezas, com a fama e em ser o foco de um espetáculo. Morreu a pior morte, a mais simples e vil, foi condenado à cruz.

A Bíblia diz que Ele "veio para os seus, porém, os seus não o reconheceram", não o reconheceram porque esperavam o grande, o maravilhoso, o esplendoroso, o mágico, o belo, o todo-poderoso. Criam que o céu seria rasgado e com roupas brilhantes e celestiais, com sua ira, o Messias desceria para livrar o seu povo, esmagando a todos os demais que habitavam a terra e estabeleceria o seu povo pra reinar sobre todo o "resto da humanidade". Com Jesus ainda entre os seus, havia mesmo naqueles que creram nEle como Filho de Deus, uma idéia de que o reino seria instaurado e eles teriam lugar de honra e de glória. A vontade de chegar à ser divindade fez com que o homem pecasse, fez com que se afundasse na lama do pecado, fez com que perdesse a sensibilidade de encontrar Deus na simplicidade do ser da criação, fez com que o homem não o percebesse quando Ele esteve entre nós.

Agostinho dizia que "a glória de Deus consiste em que o homem alcance a humanidade plena" foi assim com Jesus. Creio que somente Deus mesmo poderia expressar-se de maneira tão humana como foi Jesus. Jesus mostrou que ser pleno do Espírito Santo, batizado com o Espírito Santo, Cheio do Espírito Santo não consiste em assumir uma caricatura do que o mundo crê ser divino, nem ser um mágico dono de atos mirabolantes e espetaculosos. Ser cheio de Deus é estar pleno de amor. É quando a simplicidade acontece e a "sindrome de Lucifer", do querer ser deus, se apaga para que Cristo apareça. É no silêncio, no abraço, na transformação do caráter, na dependência diária do Pai para vencer cada dia, na mudança de valores onde o ser se torna mais importante que o ter, onde as pessoas são mais importante que as coisas, onde discriminação e e preconceito deixam de existir, onde se reparte, se conversa, se ama, onde o mais importante não é chegar antes ou na frente, mas juntos, de mãos dadas, ajudando e sendo ajudado.

Precisamos aprender que Deus está agindo em lugares e em pessoas muito simples, que quase nem aparecem. Pessoas que trazem em si a presença de Deus pela paz, pelo amor, pela fé e pela esperança que manifestam na vida que vivem. Na eternidade ficaremos surpresos com os que, na visão de Deus, se destacaram de fato na caminhada com Deus aqui na terra.

Deus te abençoe e uma boa semana pra você e sua familia.

Pastor Mauricio Baniski

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