quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Jesus


O Filho de Deus deseja ser seu amigo.

Ele não vai ficar preso e frio dentro de uma Igreja, nem limitado a uma mente ou pensamento de alguém, nem reduzido a uma complexidade teológica. Ele é maior que uma denominação religiosa. Ele é maior que qualquer sabedoria.

Se revela na simplicidade de um abraço. Na descontração de uma conversa entre amigos. No abraço por querer abraçar, sem querer tomá-lo para si, mas com o interesse de se dar.

Vem para aquele que deseja mais a sua presença que os seus presentes. Vem para aquele que anseia mais por ouvir sua voz do que pelo tem a dizer.

Não se mede sua presença pela força ou pelo sobrenatural, pelo seu poder extraordinário de fazer... Ele prefere o silêncio e se deixa ver na simplicidade do amor que nada mais deseja além de poder amar.

Escolheu uma cidade que pouco brilhava para colocar a sua luz, uma familia simples para nascer, uma manjedoura para deitar bem à vista de alguns animais. Sua vida foi uma escolha pelo não materialismo, pelo não querer ser Deus, por seu esvaziamento, por não deixar sentimentos pobres, podres e malditos passarem a ser a sua razão. Enquanto viveu a nossa vida para nos salvar e nos ensinar, jamais deixou de ser humano e obediente e, o foi até o fim. As pessoas que escolheu, a vida que viveu, os valores que defendeu, a morte que morreu, foi tudo para dizer sim à algumas coisas que a humanidade continua dizendo não. À Deus, à sua Palavra, à vida, à familia, ao amor, aos amigos, à humanidade, à criação.

As vezes, a Igreja e as pessoas (onde nos incluímos por vezes) constroem outro Jesus. Um bezerro de ouro, que não fala, não sente, não ama, não abraça, não chora, não sorri, não torce, não é humano. Apenas um deus que sacia o desejo vaidoso que carregamos nos esgotos da nossa alma. Fazemos de Jesus o "deus do materialismo" e o "deus do prazer", o "o deus das atrações sobrenaturais" e do "sonsumismo". Corremos aqui e ali só pra ver onde está agindo, o que está fazendo... Na verdade, esse Jesus nunca existiu, senão na mente insana que a humanidade insiste em alimentar. Os valores da humanidade doente não atraem a atenção de Deus. Jesus quer o seu amor e não as suas coisas.

Nós, só encontramos Jesus no lugar onde ele viveu e vive até hoje, No HUMANO. Onde houver manifestação de humanidade, Jesus está reinando naquele lugar. Onde houver qualquer manifestação de humanidade, Jesus está agindo ali. Onde houver respeito, amor, doação, perdão, gentileza, carinho, paz, harmonia, palavra de bênção, um gesto ou uma atitude de bem... é ali que Jesus mora.

Um abraço e boa semana

Pastor Mauricio Baniski

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