domingo, 19 de dezembro de 2010

Vale dos sentimentos


"O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba" ( I Co. 13:4 ao 8).

Era uma vez um lugar chamado Vale dos Sentimentos.
Lá moravam todos os sentimentos do mundo, cada qual com o seu nome: Alegria, Riqueza, Sabedoria, Determinação...
Apesar de serem tão diferentes, se davam muito bem.
Até os sentimentos como Orgulho, Tristeza e Vaidade não tinham problemas entre si.

Mas era lá no fundo do vale, na última das casinhas, que morava o mais bonito dos sentimentos: o Amor!
Ele era tão bom que quando os outros sentimentos chegavam perto dele, ficavam mudados porque eles sabiam que, dentre eles, o Amor era o melhor!
Porém, no mesmo vale, num lugar mais afastado havia um castelo!
E lá também morava um sentimento, só que não tinha nadinha de bom... Era a Raiva!
E a Raiva, de tão ruim que era, não gostava dos moradores do vale!
Por isso, quando acordava de mau humor, fazia de tudo para estragar a beleza do lugar.

Certo dia, teve uma idéia.
Foi até o calabouço e preparou a poção mais esquisita e estraga-prazeres de que se teve notícias!
A fumaça da poção tomou conta do vale e se transformou numa tempestade como nunca se tinha visto antes.

Quando o vale se encheu de raios, chuva e vento, todos correram para se proteger.
O Egoísmo foi o primeiro a se esconder, deixando todos para trás.
A Alegria deu risada de alívio por ter se salvado rapidinho.
A Riqueza recolheu tudo que era seu antes de se abrigar!
A Tristeza, a Sabedoria, a Vaidade, todos conseguiram chegar em suas casas a tempo!

Todos, menos o Amor.
Ele estava tão preocupado em ajudar os outros sentimentos que acabou ficando para trás.
Então uma coisa aconteceu! Um raio bem forte caiu sobre o vale atingindo o Amor.
A Raiva deu sua tarefa por cumprida e foi dormir.
Quando a tempestade passou, os sentimentos puderam abrir as janelas aliviados.
Mas ao saírem eles sentiram uma coisa diferente no ar.
Algo que nunca tinham sentido antes.
Foi então que eles viram o que tinha acontecido com o Amor.

- Ele não se mexe!
- Tá tão parado que até parece que... morreu?!
A Tristeza se pôs a chorar!
O Orgulho não aceitava. Disse que era mentira!
A Riqueza falou que era um desperdício!
E a Alegria, pela primeira vez, não sorriu!
Foi aí que uma coisa estranha começou a acontecer.
Os sentimentos começaram a ter desavenças,
porque sem o Amor para uní-los, as diferenças apareceram!
A situação já estava bem ruim quando eles repararam que estavam sendo observados.
Alguém que eles nunca tinham visto ali antes.
Então, o estranho se ajoelhou na frente do Amor, tocou-o calmamente e ele abriu os olhos!
- Ele não morreu! O Amor não morreu! - gritaram os outros sentimentos!

Foi aí que todos souberam o nome do estranho: Tempo.
E comemoraram, porque o Amor estava vivo e porque não há nada que acabe com o Amor, tendo o Tempo ao seu lado para ajudá-lo.
E a paz e a harmonia voltaram ao Vale dos Sentimentos.
Sabe o que aconteceu com o Amor e com o Tempo?
Eles se casaram e tiveram três filhos: Experiência,
Perdão e Compreensão, que moram lá no fundinho do coração!
'Quando procuramos o bem nas outras pessoas descobrimos
o que há de melhor em nós mesmos.'

(Não sei quem é o autor deste texto.)

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