segunda-feira, 1 de junho de 2009

"Quando a humanidade se torna artificial, as coisas se tornam fundamentais." por Rev. Mauricio Baniski


Na mitologia grega, existe a lenda de um rei chamado Midas. Ele era um rei completamente apaixonado por dinheiro e, apesar de milionário, queria sempre mais para ser a criatura mais rica do planeta. Quando Baco lhe ofereceu a realização de um desejo, como recompensa por ele ter cuidado de um amigo, Midas pediu poder para transformar em ouro tudo o que tocasse. Baco percebeu que esse desejo significava a destruição de Midas, mas, como havia prometido realizar qualquer desejo, cumpriu a palavra.

Midas voltou a seu reino e resolveu testar se realmente havia ganhado esse poder. Durante a viagem, tocou uma pedra e imediatamente ela se transformou em uma enorme pepita de ouro. Logo adiante encontrou um galho de árvore e, ao segurá-lo, percebeu que ele se transformara em uma barra de ouro. Tudo o que ele tocava virava ouro. Não demorou e percebeu que poderia ser oi homem mais rico da terra. Seus cavalheiros ficaram sobrecarregados de tanto transportar ouro.

Chegando ao palácio, mandou servir um jantar delicioso, com todo o requinte, então levou um choque. A realidade mostrou-se cruel. Todo alimento que seus lábios tocavam virava ouro. O pão transformava-se em ouro, assim como qualquer alimento. E, para seu desespero, a água que quis beber, quando tocada por seus lábios, também se transformou em ouro. Percebeu, então, toda a loucura que havia feito. Não conseguia mais se alimentar, não poderia mais dormir num leito macio nem tomar banho numa banheira cheia de água morna.

O rei Midas voltou a procurar Baco e pediu-lhe que tirasse dele esse poder. Baco orientou-o para que se lavasse nas águas do rio pactoros e, com efeito, depois de ter tomado banho naquele rio, ele perdeu o poder de transformar tudo em ouro. A consciência dessa transformação fez com que Midas abandonasse sua ambição material e passasse a viver de maneira mais simples e afetiva.

Devemos avaliar nossa vida e perceber se a ambição está nos “coisificando” (nos tornando uma coisa em vez de pessoa) e, roubando o prazer pela humanidade simples, mas essencial para a nossa existência. Um abraço, um beijo, sentar-se para uma alimentação tranqüila e saborosa, estar ao lado de que se ama, uma boa noite de sono, uma espiritualidade sadia, uma boa caminhada, uma viagem, uma amizade verdadeira a realização dos sonhos, um por do sol, um bate papo entre amigos. Gosto muito do que disse Alvin Tofler: “O analfabeto deste novo século não será o que não sabe ler e escrever, mas aquele que não conseguir aprender, desaprender e reaprender.”

Reflita sobre este texto, corra para a água da vida que é Jesus, desfaça o encanto e seja feliz.!

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