sábado, 11 de julho de 2009

ANSIEDADE ZERO


A respiração é, um calmante...
Respire fundo, segure e conte: mil e um, mil e dois, mil e três, mil e quatro e mil e cinco.

Ansiedade, o estrangulamento emocional

Mateus – 6: 25-34

A palavra ansiedade, na língua grega, significa estrangulamento.
A ansiedade nos tira o oxigênio, corta o nosso fôlego e nos asfixia. Ela rouba nossas forças, embaça nossos olhos e tira de nós a perspectiva do futuro.
A ansiedade é um mal que atinge a todos, pobres e ricos, doutores e analfabetos, homens e mulheres, adultos e crianças.
A pressão da vida moderna, a falta de comunicação no lar, o isolamento das pessoas e a ausência da comunhão com Deus abrem a porta para a ansiedade.

Jesus nos alerta a não vivermos ansiosos com respeito ao dia de amanhã, quanto ao que havemos de comer, beber ou vestir (Mt 6.25).
Não administramos o futuro, por isso não podemos sofrer por alguma coisa que ainda está para acontecer.
A ansiedade é inútil, pois além de não nos ajudar a resolver o problema amanhã, ela nos enfraquece hoje.
A ansiedade é incoerente, pois muitas vezes sofremos hoje por algo que jamais vai acontecer.
E se tivermos de enfrentar um problema, a ansiedade nos leva a sofrer duas vezes, pois sofremos antes e quando o problema chega, vamos ter que encará-lo novamente.
A ansiedade é um ato de incredulidade. Ficamos ansiosos porque duvidamos que Deus é poderoso e suficiente para cuidar da nossa vida. Onde a ansiedade se instala, a fé não tem mais espaço.

Jesus nos ensina que a criação de Deus é um antídoto contra a ansiedade. Os pássaros não semeiam, não colhem nem ajuntam em celeiros, mas Deus os alimenta. Os lírios do campo se vestem garbosamente e eles não trabalham nem fiam, no entanto nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como eles (Mt 6.28,29).
O apóstolo Paulo diz que não devemos ficar ansiosos por coisa alguma, antes devemos apresentar a Deus em oração nossas necessidades (Fp 4.6).
O apóstolo Pedro diz que devemos lançar sobre o Senhor toda a nossa ansiedade porque ele tem cuidado de nós (1 Pe 5.7).

Pastor Hernandez Dias Lopes

O que é ANSIEDADE?

Ansiedade, ânsia ou nervosismo é uma característica biológica do ser humano, que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração batendo rápido, medo intenso, aperto no tórax,transpiração etc.

Quais as causas?

Esses dois aspectos, tanto a ansiedade quanto o medo, não surgem na vida da pessoa por uma escolha.
Acredita-se que vivências interpessoais e problemas na primeira infância possam ser importantes causas desses sintomas.
Além disso, existem causas biológicas como anormalidades químicas no cérebro ou distúrbios hormonais.
Ansiedade é um estado emocional que se adquire como conseqüência de algum ato.

Quais as Conseqüências?

Todas as pessoas podem sentir ansiedade, principalmente com a vida atribulada atual.
A ansiedade acaba tornando-se constante na vida de muitas pessoas.
Dependendo do grau ou da frequência, pode se tornar patológica e acarretar muitos problemas posteriores, como o transtorno da ansiedade. Portanto, nem sempre é patológica.
Ex.: Unhas roídas, característica de ansiedade (tiques)
Ter ansiedade ou sofrer desse mal faz com que a pessoa perca uma boa parte da sua auto-estima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas porque se julga ser incapaz de realizá-las.
Dessa forma, o termo ansiedade está de certa forma ligado à palavra medo, sendo assim a pessoa passa a ter medo de errar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a tentar.

Quais as Manifestações?

As pessoas ansiosas têm um vasto número de sintomas.
Muitos resultam de um aumento da estimulação do sistema nervoso vegetativo ou autónomo, que controla o reflexo ataque-fuga.
Outros são somatizações, ou seja, os doentes convertem a ansiedade em problemas fisicos, incluindo dores de cabeça, distúrbios intestinais e tensão muscular.
Cerca de metade das pessoas com ansiedade sofrem principalmente de sintomas físicos, normalmente localizados nos intestinos e no peito.
Conforme a sintomatologia, a ansiedade pode ser classificada em vários transtornos, mas sempre quando há um grau patológico, definido como aquele que causa interferência nas atividades normais do indivíduo.

Quais os Sintomas?

Fadiga
Insônia
Falta de ar ou sensação de sufoco
Picadas nas mãos e nos pés
Confusão
Instabilidade ou sensação de desmaio
Dores no peito e palpitações
Afrontamentos, arrepios, suores, frio, mãos úmidas
Boca seca
Contrações ou tremores incontroláveis
Tensão muscular, dores
Necessidade urgente de defecar ou urinar
Dificuldade em engolir
Sensação de ter um "nó" na garganta
Dificuldades para relaxar
Dificuldades para dormir
Leve tontura ou vertigem
Vômitos incontroláveis

Ansiedade Numa Perspectiva Cristã – Caio Fábio

Jesus reserva significativo espaço no bojo de Seu ensino essencial: o Sermão do Monte.
De fato, isoladamente, é o assunto tratado de modo mais ilustrado e longo em todo o sermão (Mateus 5 - 7).
E por quê? Ora, as razões são muitas:
E os básicos logo as associam às dificuldades da existência em todos os tempos;
Os psicólogos não resistem à tentação de associá-la ao mundo estressado no qual todos vivemos; tratando, assim, não da própria ansiedade, mas dos agentes contemporâneos de sua emulação.
De fato, há muitas causas secundárias quando se pensa em ansiedade. No entanto, no curto espaço deste texto, quero apenas falar acerca de três causas essenciais.

1. A ansiedade como perversão do olhar prospectivo.

De fato, só somos ansiosos porque fomos dotados da bênção do olhar prospectivo.
Fomos feitos capazes de olhar para o futuro mediante a imaginação, a lógica histórica, a acumulação de experiências e, sobretudo, em razão da necessidade humana de pensar no dia de amanhã, no qual, miticamente, estocamos o bem e o mal, dependendo de nosso estado de espírito.
Todavia, como disse, a ansiedade é uma perversão de uma virtude: a bênção do olhar prospectivo.
Na realidade, a ansiedade é a esperança vivida como experiência do pecado de ser, o qual se manifesta como incapacidade de crer no cuidado de Deus em razão de nosso descuidado para com Ele em amor.
Assim, ansiedade é a expectativa de que no amanhã estaremos em perigo. O pecado perverteu todo olhar perspectivo e prospectivo.

2. A ansiedade como a esperança da Queda.

Na realidade, a ansiedade é a maligna manifestação da “esperança na Queda”.
Num mundo onde o ser se sabe afastado de Deus, toda expectativa é sempre contra nós, e sua forma existencial e psicológica de se fazer desesperança é mediante a ansiedade.

3. A ansiedade como desconfiança de Deus.

Quando Jesus enfatizou a ansiedade como problema, o que Ele diagnosticou como causa foi a falta de confiança real no Deus real, no Deus que cuida, que é Pai, que está atento, que se dedica a ervas e pássaros, e, portanto, tem muito mais razão para cuidar da existência humana.
E tudo quanto Jesus disse acerca da ansiedade se faz concluir com um convite a entrega total à confiança no reino de Deus; ou no Deus que reina sobre a vida; especialmente sobre os detalhes mais sutis.
Assim, Jesus mandou que a fonte da energia espiritual e vital de cada um de nós se concentrasse apenas nas coisas que carregam o espírito do reino de Deus, pois, assim, seremos agidos por Deus, que é o que faz com que todas as coisas necessárias à vida nos sejam naturalmente acrescentadas.

Onde há ansiedade, aí ainda não há a prevalência da confiança. Ou, então, aí se instalou “um vício de sentir contra nós”, o qual só pode ser vencido mediante a entrega em fé ao amor e aos cuidados misteriosos do Pai.

Davi nos ensina a receita para a cura da ansiedade.
Ele diz que devemos nos agradar de Deus, sabendo que ele é poderoso para satisfazer os desejos do nosso coração (Sl 37.4).
Temos que ter a coragem de entregar nosso caminho ao Senhor, confiar e descansar nele, sabendo que ele tudo fará por nós (Sl 37.5,7).
O mesmo Deus que está na sala de comando do universo também dirige a nossa vida.
Nossas crises não o apanham de surpresa. Ele conhece nossas necessidades antes mesmo que as apresentemos a ele.
Nós valemos mais que as aves do céu e os lírios do campo. Ele jamais vai desistir de completar sua obra em nós. Se ele nos permite passar por situações difíceis isso não significa ausência de amor nem falta de cuidado, mas ação pedagógica para esculpir em nós o caráter de Cristo.
Deus está trabalhando em nós e nos transformando de glória em glória para refletirmos a imagem do seu Filho. Todas as coisas que se nos vêm são trabalhadas pela providência divina para o nosso bem último e maior (Rm 8.28).

Não deixe seu coração ficar prisioneiro da ansiedade.
A Bíblia diz que "a ansiedade no coração do homem o abate" (Pv 12.25), mas "o ânimo sereno é a vida do corpo" (Pv 14.30).
Diz a Escritura: "O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos" (Pv 17.22).
Descanse em Deus. Tire os seus olhos das circunstâncias e ponha-os naquele que está acima e no controle das circunstâncias. Não entre na caverna da depressão, mas diga à sua própria alma: "Por que estás abatida, ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu" (Sl 42.11).

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